Período: 28/08 a 19/11/2024
Ministrantes: Claudia Moraes de Souza, Gilson Schwartz, Sandra Regina Chaves Nunes, Adriane Monteiro Fontana
Horário: Quartas-feiras, das 18h às 22h
Local: à distância
Créditos: 8
Vagas oferecidas: 20
Vagas especiais oferecidas: 5
INSCRIÇÕES
ALUNO REGULAR (Sistema Janus):
01 a 07 de Julho de 2024
ALUNO ESPECIAL, ALUNOS UNESP e UNICAMP:
10 a 17 de julho de 2024
https://ppghdl.fflch.usp.br/inscricao-aluno-especial-alunos-unesp-e-unicamp-2o-semestre-de-2024
PROGRAMA
Objetivos
- Apresentar alguns conceitos teórico-críticos dos estudos da memória social e da produção compartilhada de memórias e histórias de vida;
- Apresentar e debater conceitos como “tecnologias sociais da memória”, inteligência coletiva, cidades inteligentes, produção compartilhada de conhecimento e “iconomia” a partir das relações entre a universidade, a sociedade civil (comunidades periféricas, escolas, ONGs), o Estado e o mercado, examinando o surgimento de circuitos de criação e destruição de valor social nos saberes e nas experiências cotidianas das pessoas comuns e, de modo geral, nos espaços de cidadania e emancipação identificados com a esfera do “commons”;
- Refletir sobre questões relativas aos usos do passado e da memória com a finalidade de ativar a construção de espaços digitais de memória;
- Refletir sobre os processos da cultura e da memória social que têm produzido conhecimentos mobilizadores dos recursos tecnológicos em narrativas e/ou a partir de fontes digitais;
- Propiciar a aproximação a paradigmas e propostas emergentes tais como web 2.0, educação 5.0, blockchain e metaversos como espaços abertos à produção em rede, uso de mídias sociais, inovação na criação de narrativas digitais e em vários formatos audiovisuais, do “storytelling” à história digital oral, bancos de histórias, construção de plataformas colaborativas, cartografias digitais, de big data, etc.
- Possibilitar a criação espaços para a troca de experiências vivenciadas na ambientação e/ou na produção audiovisual e imagética digital como centros do processo de produção de memórias e registro de saberes populares.
Justificativa
A literatura voltada às humanidades já consagra um repertório denso e diversificado de debates e estudos sobre a memória e seus usos, sobre as distinções entre memória individual, memória coletiva e memória social. São questões tensionadas pelos processos de esquecimento, dos apagamentos e cancelamentos, dos silêncios e ausências também presentes na ação do recordar, lembrar e preservar. Desta forma, os registros orais, incluindo a narração, o testemunho, o relato, as histórias de vida definem campos vastos da produção memorial onde cada uma dessas produções reivindica para si uma determinada concepção de memória.
Os docentes e pesquisadores desta disciplina já atuaram em inúmeros projetos de construção de Bancos de Histórias, Etnografias Audiovisuais, Exposições Digitais e outras formas de Produção Audiovisual propondo que o trabalho com a memória e a tecnologia se construa pela articulação entre a narrativa e o digital.
Em consonância com a cultura contemporânea e na perspectiva das Digital Humanities – um campo interdisciplinar inovador que abarca a história, a literatura, a antropologia, as artes visuais, a comunicação e a economia política - colocamos em evidência a importância dos processos da cultura e da memória na mobilização dos saberes resultantes da pluralidade e da diversidade. Propomos a mobilização dos instrumentos e perspectivas do mundo digital para a construção dos conhecimentos nas humanidades como uma transdisciplina, portadora dos métodos e dispositivos de processos da coleta, organização, debate, divulgação e fomento à produção da memória social e promoção de novos circuitos de valor e definição de políticas públicas.
A disciplina fundamenta-se na reconhecida importância acadêmica e cultural que se consolida a partir da reflexão de comunidades, indivíduos, associações e instituições, empresas e governos sobre temas como o direito à cidade, à cultura, ativismos, territórios e deslocamentos e propõe que os próprios sujeitos relatem suas experiências culturais e políticas e histórias de vida, sob o pressuposto teórico de que posicionar-se como agente portador de história e de memória torna-se uma condição para a novas ações individuais e coletivas, rumos culturais e conquistas sociais.
Conteúdo
- Balanço crítico dos estudos teóricos da memória social
- Manifesto da Humanidades Digitais e história digital
- Metodologias da tecnologia da social da memória
- Economia Política da Memória
- Museu e tecnologias de memória
- Mídias Sociais e a construção de subjetividades
- Memória e produção audiovisual
- Fotografia e narrativa
- Documentário participativo e produção de histórias de vida
- Usos das plataformas digitais na tecnologia social da memória
- Construção e produção de histórias de vida
Marco regulatório, direito ao esquecimento e políticas públicas
Bibliografia
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Forma de avaliação
A avaliação será processual e por objetivos atingidos. Será proposto a construção de uma produção audiovisual - um pequeno vídeo (3' a 5') - tendo como tema histórias de vida em territórios periféricos. O projeto audiovisual consistirá na produção audiovisual e na organização coletiva de uma plataforma de divulgação e compartilhamento dos trabalhos (produção de tecnologia social de memória). A avaliação processual e por objetivos será aplicada nas três etapas do projeto: planejamento, execução e resultado e ao final comporá 100% da nota do discente.