Disciplina HDL5044 - Políticas Linguísticas, Translinguagem e Multiletramento Engajado em Perspectivas Decoloniais

 

Docentes: Kleber Aparecido da Silva; Paulo Daniel Elias Farah; Rejane Vecchia da Rocha e Silva

Início: 09/10/2023

Dia da semana: segunda-feira

Horário: 17h30 às 21h30

Formato: À distância

Nº de Créditos: 02

Período de Inscrições:

Aluno Regular

Pré-matrícula: 03 a 09 de julho de 2023

Sistema Janus https://uspdigital.usp.br/janus/comum/entrada.jsf

Aluno Especial e Alunos UNESP e UNICAMP

Período de inscrição: 03 a 09 de julho de 2023

https://ppghdl.fflch.usp.br/form/aluno-especial

PROGRAMA

Objetivos

A disciplina “Políticas Linguísticas, Translinguagem e Multiletramento engajado em perspectivas decoloniais” propõe-se a viabilizar junto à comunidade científica da Universidade de São Paulo reflexões teoricamente amparadas sobre o papel das línguas no mundo contemporâneo, os modos pelos quais a língua tem sido abordada em documentos oficiais vigentes (Base Nacional Comum Curricular) e as possíveis propostas de transposição didática em uma abordagem crítica, transformadora e embasada na perspectiva da translinguagem e dos (multi/novos) letramentos engajados.

A disciplina tem como objetivos específicos:   

  1. Aprofundar os estudos sobre políticas linguísticas, translinguagem e multiletramentos engajados com base em uma perspectiva decolonial.
  2. Compreender princípios e fundamentos do ensino como e para o ativismo.
  3. Discutir pesquisas (de mestrado e/ou de doutorado) em andamento.

Justificativa

Para melhor compreender o que são os multiletramentos em língua portuguesa, é preciso antes transitar por entre os conceitos que envolvem Alfabetização, Letramento (singular), Letramentos (plural), identificar a diferença entre Letramentos Múltiplos e Multiletramentos, para então avançar a um conceito mais amplo que diz respeito aos Multiletramentos voltados à língua estrangeira.

O termo Letramento (singular) vem da palavra em inglês literacy (SOARES, 1998), a qual já é conhecida há bastante tempo no exterior e, ao chegar ao Brasil com a obra intitulada No mundo da escrita, de Mary A. Kato, publicada em 1986 (SOARES, 1998; KLEIMAN, 1995), passou a ser confundida com a palavra alfabetização. A partir do século XXI, o termo passou a ser compreendido por uma perspectiva mais discursiva e foi relacionado ao aspecto histórico do fenômeno e às práticas sociais de escrita (BUZATO, 2007). Assim, menciona-se a questão da alfabetização dentro da perspectiva do letramento e para diferenciar os dois termos. Entende-se alfabetização como o processo pelo qual a criança passa em relação ao reconhecimento do alfabeto e ao entendimento de que existe um código escrito na sociedade. Ao codificar (escrever) e decodificar (ler) a língua, seja ela materna ou estrangeira, a criança se apropria da capacidade de se comunicar e de expressar suas ideais na sociedade por meio da linguagem escrita. Nas palavras de Soares (2011, p. 15-16), “alfabetizar significa adquirir a habilidade de codificar a língua oral em língua escrita (escrever) e decodificar a língua escrita em língua oral (ler) [...] mas é também um processo de compreensão/expressão de significados por meio do código escrito”. Numa visão mais ampla do termo, a alfabetização deve ser compreendida não como algo que depende somente do indivíduo, mas que leve em consideração também as questões sociais, culturais, econômicas, políticas, tecnológicas, entre tantas outras que permeiam o contexto familiar e escolar da criança.

De acordo com o exposto acima, como afirmam Rojo & Moura (2012, p. 35), “a criança, mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em processos de letramento, pois  ela já faz a leitura incidental de rótulos, imagens, gestos, emoções. O contato com o mundo letrado acontece muito antes das letras e vai além delas”. Além disso, os mesmos autores argumentam que “o conceito de letramento comporta o conceito de alfabetização”. O conceito de letramento é mais amplo e leva em consideração a função social da leitura e da escrita, em que a criança tem a oportunidade de ler textos que a interessem e de escrever de forma prazerosa, e não somente por obrigação. Ou seja, é “um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos para objetivos específicos” (KLEIMAN, 1995, p. 81). Algumas escolas muitas vezes se preocupam  apenas com a alfabetização propriamente dita e se esquecem de contextualizar os conteúdos e de mostrar para a criança que a leitura e a escrita são necessárias para que ela possa participar ativamente da sociedade. Como afirmam Rojo & Moura (2012, p. 36), muitas vezes, ao iniciar a vida escolar, as crianças

[...] se deparam com a experiência da alfabetização, lendo textos específicos apenas com o propósito de serem avaliadas quanto à construção do sistema alfabético, transformando a leitura em uma atividade escolar pouco prazerosa.

Se a alfabetização é uma prática (KLEIMAN, 2005) que envolve saberes, participantes, materiais e recursos pedagógicos, ela está inserida nas práticas de letramento escolar (BUNZEN, 2010) que acontecem todos os dias na escola. Além disso, é importante perceber que as práticas de letramento não estão restritas ao espaço escolar, elas são também “um conjunto de práticas socioculturais, históricas e socialmente variáveis, que possui uma forte relação com os processos de aprendizagem formal da leitura e da escrita” (BUNZEN, 2010, p. 101).

Quando o termo é colocado no plural – letramentos –, significa um conjunto diversificado de práticas sociais, as quais utilizam um sistema de signos para gerar sentidos. Essas práticas sociais são complexas, diversas e acontecem em vários contextos sociais, em que diferentes culturas produzem diferentes letramentos (ROJO, 2009; ROCHA, 2012). Letramentos “no plural, trata-se de uma prática inseparável dos processos de leitura e escrita” (CAVALCANTI, 2009, p. 81).

Já o termo letramentos múltiplos engloba as diversas práticas letradas que circulam na sociedade, sejam elas valorizadas ou não, diferenciando-se do termo Multiletramentos, que diz respeito à “multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica de constituição dos textos por meio dos quais ela se informa e se comunica” (ROJO & MOURA, 2012, p. 13).

A proposta dos multiletramentos tem sido discutida no âmbito das práticas escolares  do ensino da língua portuguesa em escolas públicas (ROJO & MOURA, 2012), onde é evidente a preocupação dos professores quanto ao preparo dos alunos para lidar com as novas tecnologias da comunicação e da informação na sociedade contemporânea. Os alunos precisam desenvolver suas habilidades de comunicação em diferentes linguagens, nos mais variados gêneros que hoje são apresentados no mundo. Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de língua portuguesa para o ensino de primeira à quarta série do Ensino Fundamental, Rojo & Moura (2012, p. 76) afirmam que,

[...] nesse novo contexto, foram surgindo novos gêneros do discurso, tais como o blog, o e-mail, o chat, as homepages, os podcasts, os infográficos e diversos outros trazidos para/pela internet. [...] para adequar o ensino às modificações sociais e à pluralidade cultural [...] têm requerido cada vez mais do alunado o refinamento das habilidades de leitura e escrita, de fala e de escuta de gêneros variados presentes nas diversas práticas sociais letradas.

A partir do exposto acima, e em linhas gerais, surge então a Pedagogia dos Multiletramentos, a qual se originou das profícuas discussões entre dez educadores que se reuniam na cidade de New London/EUA durante o ano de 1996. O grupo ficou conhecido como The New London Group, em português, Grupo de Nova Londres (GNL), e suas principais preocupações eram com os modelos de ensino, os desafios que a diversidade cultural e linguística traz à realidade escolar, as novas formas de tecnologia da comunicação e as mudanças no mercado de trabalho. Esse colóquio gerou um manifesto, que se chamou A Pedagogia dos Multiletramentos: desenhando futuros sociais, em inglês: A Pedagogy of Multiliteracies: designing social futures. A proposta enfatiza a importância de a escola trabalhar com os novos letramentos que surgem a cada instante na sociedade contemporânea, resultantes da multiplicidade cultural, da grande circulação de informações em uma multiplicidade de textos e linguagens, tudo isso favorecido pela expansão das novas tecnologias da comunicação e da informação (TICS). Para englobar todos esses aspectos, o grupo optou por usar o termo Multiletramentos, visto que, segundo os autores,

[...] decidimos que os resultados de nossas discussões poderiam ser encapsulados em uma única palavra – multiletramentos – uma palavra que escolhemos para descrever duas discussões importantes que devemos ter com a emergente ordem cultural, institucional e global: a multiplicidade de canais e meios de comunicação e a crescente eminência da diversidade cultural e linguística. A noção de multiletramentos complementa a tradicional pedagogia de letramentos ao tratar desses dois aspectos relacionados à multiplicidade de textos. (CAZDEN, COPE, FAIRCLOUGH, GEE, et.al., 1996, p. 63-64).

Dessa forma, a escola precisa atualizar as práticas pedagógicas e acompanhar as mudanças que acontecem na sociedade contemporânea. A escola não pode mais ficar restrita a práticas que utilizam apenas o lápis de escrever e o caderno para copiar conteúdos do quadro negro ou para preencher lacunas em livros didáticos. É preciso inovar e avançar em direção a práticas pedagógicas que incorporam as diversas culturas presentes nas salas de aula e a multiplicidade de textos e linguagens que circulam na sociedade. A Pedagogia dos Multiletramentos é uma proposta contemporânea que precisa ser promovida com seriedade nas escolas brasileiras a fim de desenvolver nos alunos letramentos críticos e uma melhor compreensão de mundo.

Ademais, a Universidade de São Paulo – e os grupos de pesquisa coordenados pelos docentes responsáveis por esta disciplina - têm ampliado as discussões acerca das políticas linguísticas, tanto dentro da universidade, quanto no Brasil e em outros países. Trata-se de uma discussão fundamental que permeia todo o programa desta disciplina.

Nesse contexto, a disciplina será marcada por perspectivas decoloniais, no entendimento de que expressam “um conjunto de embates epistemológicos que vão de encontro com o modelo analítico racional eurocentrado e descrito como moderno” (FARAH, MATUCK & BORGES, 2022, p. 53).

Temáticas abordadas: Políticas Linguísticas, Translinguagem e Multiletramento Engajado. Educação linguística crítica. Praxiologias decoloniais e (multi/novos) letramentos engajados. Letramentos críticos. Currículo e recontextualização didática. Análise e proposições didático-pedagógicas.

Programa

  1. Educação Linguística Crítica, Translinguagem & Decolonialidade;
  2. Alfabetização, (Novos/Multi)Letramentos, Tecnologias & Educação Linguística Contemporânea
  3. BNCC, Diretrizes Curriculares, Currículo & Recontextualizações
  4. Pedagogias & Práticas: Análises e Proposições.

Avaliação

Os participantes deverão apresentar um trabalho original, com uma temática relacionada à disciplina, em forma de texto ou obra audiovisual, que corresponderá a 70% da nota final. Além disso, deverão entregar no mínimo 2 (dois) comentários de textos discutidos nas aulas (30% da nota final).

Metodologia e recursos didáticos 

Haverá encontros remotos síncronos. Três encontros serão destinados à discussão de textos com docentes convidados e com os docentes responsáveis pela disciplina; e um será destinado à discussão das pesquisas em andamento. Os textos e o material da pesquisa serão disponibilizados antecipadamente para estudo prévio. Este percurso culminará em uma publicação: ao final de cada conversa/diálogo com o texto e os pesquisadores, os/as alunos inscritos na disciplina escreverão um ensaio, de forma individual/dupla, articulando as principais ideias discutidas com sua área de pesquisa/campo de atuação.

A disciplina contará portanto com

- Aulas expositivas;

- Atividades de pesquisa-ação, bibliográfica, entre outras;

- Discussões em sala (virtual) e/ou grupos;

- Atividades de leitura, escrita e apresentação de relatos a partir de suas práxis pedagógica;

- Trabalhos em grupos e apresentação oral no formato de rodas de conversas.

Bibliografia

ADCHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ALMEIDA, Sílvio. Racismo Estrutural. Coleção Feminismos Plurais. Coordenação de Djamila Ribeiro. São Paulo: Suelei Carneiro; Pólen, 2019.

ANWARUDDIN, Sardar M. Why critical literacy should turn to ‘the affective turn’: making a case for critical affective literacy, Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, v. 37, n. 3, p. 381-396, 2016.  DOI: 10.1080/01596306.2015.1042429 .

ARAÚJO, Vanessa Rodrigues. Saber quem se é: uma proposta pedagógica decolonial e sentipensante, Revista SURES, n. 9, 2017, p. 71-84. Disponível em:
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CHUN, Christin W. Power and meaning making in an EAP classroom: engaging with the everyday. Bristol/Buffalo/Toronto: Multilingual Matters, 2015.

 COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. "Multiliteracies": New Literacies, New Learning. In: HAWKINGS, Margaret R. (ed.). Framing languages and literacies: socially situated views and perspectives. New York: Routledge, 2013, p. 105-135.

COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. 2a Ed. São Paulo: Editora Contexto, 2020 [2006].

DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michélle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In:  SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (Orgs.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.

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ESPINOSA, Baruch. Ética. Trad. Tomaz Tadeu. 2ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

FARAH, Paulo Daniel Elias. Diálogos e resistências: a África no Brasil e o Brasil na África. São Paulo: Edições Bibli-ASPA, Publicações NAP Brasil África/USP, 2021. Disponível em https://books.google.com.br/books/about/Diálogos_e_Resistências_a_África_no_B.html?id=BTiVEAAAQBAJ&redir_esc=y.

FARAH, Paulo Daniel Elias. “A gente aprende para ter felicidade na vida”: interculturalidade, políticas linguísticas, estudos subalternos, pós-coloniais, decoloniais e subversões epistêmicas in FARAH, Paulo Daniel Elias; MATUCK, Artur; BORGES, Rosane Borges. Alterciência: Proposições Críticas e Processos Criativos para o Conhecimento. Manaus e São Paulo: EDUMA e Alexa, 2022. Disponível em https://ppghdl.fflch.usp.br/alterciencia.

FARAH, Paulo Daniel Elias. Para onde iremos após a última fronteira? Reflexões sobre migração, apatridia e refúgio no Brasil e no mundo em novos horizontes epistemológicos, narrativos e plurilíngues in FARAH, Paulo Daniel Elias; MATUCK, Artur; IOKOI, Zilda Márcia Grícoli. Linguagens da Sobrevivência: Migrações. Interlínguas, Narrativas e Representações. Manaus e São Paulo: EDUMA e Alexa, 2022. Disponível em https://ppghdl.fflch.usp.br/linguagens-da-sobrevivencia.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da tolerância. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013 [1995].

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2014 [1992].

FREIRE, Paulo. Capítulo 6. Parte II. Solidariedade e esperança como sonhos políticos. Paulo Freire, Walter Ferreira de Oliveira e Participantes. In: FREIRE,  Paulo; FREIRE, Nita; OLIVEIRA, Walter Ferreira (Orgs.).  Pedagogia da solidariedade. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2016. p. 70-110.

FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 2015 [1990].

GALLO, Silvio; MENDONÇA, Samuel (Orgs.). A escola: uma questão pública. São Paulo: Parábola: 2020.

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hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla – 2ª ed. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017 [1994].

hooks, bell. Ensinando o pensamento crítico: sabedoria prática. Tradução de Bhuvi Libanio. São Paulo: Elefante, 2020.

JORDÃO, Clarissa Menezes. “O lugar da emoção na criticidade do letramento”. In: Ferraz; Daniel; KAWACHI-FURLAN, Claudia. J. (orgs.) Bate-papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019, p. 71-78.

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LIBERALI, Fernanda Coelho; MEGALE, Antonieta. Alfabetização, letramento e multiletramentos em tempos de resistência: por que importa? In: LIBERALI, Fernanda Coelho; MEGALE, Antonieta (orgs.). Alfabetização, letramento e multiletramentos em tempos de resistência. Campinas: Pontes, 2019. p. 59-74.

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MBEMBE, Achille. Necropolítica, Ares & Ensaios, n. 32, 2016. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993. Acesso em 14 maio 2021.

MENEZES DE SOUZA, Lynn Mario Trindade. Para uma redefinição de Letramento Crítico: conflito e produção de significação. In: MACIEL, R. F; ARAUJO, V. A. (Orgs.). Formação de professores de línguas: ampliando perspectivas. Jundiaí: Paco editorial, p. 128- 140, 2011.

MENEZES DE SOUZA, Lynn Mario Trindade; MARTINEZ, Juliana Zeggio; DINIZ DE FIGUEIREDO, Eduardo Henrique. Eu só posso me responsabilizar pelas minhas leituras, não pelas teorias que eu cito: entrevista com Lynn Mario Trindade Menezes de Souza (USP), Revista X, v. 14, n. 5, p. 5-21, 2019. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/revistax/article/view/69230 . Acesso em 25 jun. 2021.

MIGNOLO, Walter. Desafios decoloniais hoje, Epistemologias do Sul, Foz do Iguaçu/PR, v. 1, n. 1, p. 12-32, 2017. Disponível em: https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/772. Acesso em 21 abr. 2021

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MONTE MÓR, Walkyria. Letramentos Críticos e Expansão de Perspectivas: Diálogo sobre Práticas. In: JORDÃO, Clarissa Menezes; MARTINEZ, Juliana Zeggio; MONTE MÓR, Walkyria (Orgs.). Letramentos em Prática na Formação Inicial de Professores de Inglês. Campinas: Ed. Pontes, 2018. p. 315-335.

ROCHA, C. H. Escute com seu corpo: o potencial subversivo do afeto em tempos sombrios, Revista X, v. 15, n. 4, p. 115-125, 2020. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/revistax/article/view/76202. acesso em 21 abr. 2020.

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SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode a subalterna tomar a palavra? Título original Can the Subaltern Speak? Tradução e Prefácio António Sousa Ribeiro. Lisboa: Orfeu Negro, 2021.

TAKAKI, Nara Hiroko. É o que somos, sendo: o papel da (auto)crítica nos letramentos. In: FERRAZ, Daniel M.; KAWACHI-FURLAN, Cláudia. Jotto. (Orgs.). Bate-papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019, p. 199-216.

TAKAKI, Nara Hiroko. Critical Literacy with (Freire) and for the Other (Levinas): Ethics/Social Justice as Enigmatic Becoming. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 21, n. 2, 2021, p. 627-655. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1984-6398202117392. Acesso em 22 de jun. 2021.

THE NEW LONDON GROUP (Cazden, Courtney, Bill Cope, Mary Kalantzis et al.), A Pedagogy of Multiliteracies: Designing Social Futures, Harvard Educational Review, v. 66, n.1, Spring 1996, p. 60-92, 1996.

VOLÓCHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Editora 34, 2017.

WALSH, Catherine. (Ed). Pedagogias decoloniales: práticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.

WALSH, Catherine. Gritos, grietas y siembras de vida: entrejeres de lo pedagógico y lo decolonial. In: WALSH, Catherine. (Ed). Pedagogias decoloniales: práticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo II. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2017.

Vídeos

1. Educação Linguística, Translinguagem & Decolonialidade

Educação linguística crítica em perspectivas em perspectivas decoloniais do Sul Global: https://www.youtube.com/watch?v=4DUIl--MV34

Por uma educação de professores de línguas decolonial: https://www.youtube.com/watch?v=JXi4K9M59xw

Translinguagem, letramentos dinâmicos e multissensorialidade na educação linguística crítica: https://www.youtube.com/watch?v=iviYCUh3FTU

Translinguagem e decolonialidade: https://www.youtube.com/watch?v=E884pmH9_ro

Práticas translíngues: https://www.youtube.com/watch?v=qBSeKGSQaJ4

2. Alfabetização, (Novos/Multi)Letramentos, Tecnologias & Educação Linguística Contemporânea

O ensino de gêneros textuais na alfabetização: https://www.youtube.com/watch?v=v5NygGHB1Ng

Alfabetização e letramento: https://www.youtube.com/watch?v=UnkEuHpxJPs

Alfabetização e letramento: https://www.youtube.com/watch?v=aworj9UvHgk

Alfabetização e Letramento: na cultura do papel e na cultura das telas:  https://www.youtube.com/watch?v=okVYiJPNqe8

Problemas fonológicos e ortográficos na Educação Básica:  https://www.youtube.com/watch?v=r-HfYAOd2mw

Sociolinguística: https://www.youtube.com/watch?v=whN2LECxpW0

3. BNCC, Diretrizes Curriculares, Currículo & Recontextualizações

Oralidade e Multiletramentos na BNCC: https://www.youtube.com/watch?v=RA4dXyV_1vI

Leituras da BNCC: ensino de línguas e a construção da cidadania: https://www.youtube.com/watch?v=3IF4cyE3VOc

4. Pedagogias & Práticas: Análises e Proposições

Projetos em rede: https://www.youtube.com/watch?v=cebcJF19pqk

Translinguagem, letramentos dinâmicos e multissensorialidade na educação linguística crítica: https://www.youtube.com/watch?v=iviYCUh3FTU